Pilates no Tratamento e Prevenção da Síndrome do Piriforme e dor Ciática
October 28th, 2009 by Revista Pilates
A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático devido
à sua compressão pelo músculo piriforme na sua saída da pelve para a região
glútea. O nervo ciático passa debaixo do piriforme, mas em algumas pessoas ele
passa através dele, aumentando a probabilidade para ocorrer a síndrome. Se esse
músculo, sofrer uma tensão, espasmo, encurtamento ou hipertrofia, o nervo
ciático poderá ser comprometido. Entretanto, deve-se ficar alerta para o fato de
que o desequilíbrio pélvico pode ser responsável por um desequilíbrio entre os
rotadores internos e externos.
O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pêra
que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e
conecta-se no trocanter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é
promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função estas,
realizadas com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda
do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.
O nervo ciático é o maior nervo do corpo, emerge da pelve em
direção à região posterior da coxa e passa por entre esses músculos
rotadores.
A síndrome do piriforme causa dor profunda na superfície
posterior do quadril e nádega, dormência e formigamento em direção às pernas e
lombalgia.
O paciente pode apresentar aumento da dor ao caminhar, correr,
aos movimentos de rotação lateral do quadril, durante os movimentos de sentar e
levantar, ao ficar em pé.
É comum em esportes que envolvem corrida, mudança de direção ou
descarga de peso excessiva. Corrida em terrenos duros ou irregulares, subir
escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados
para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento
da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento
rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e
inflamação (neurite).
Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em
rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a
fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) provocando o
encurtamento. A falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura
envolvida tencione ainda mais e piore os sintomas.
O tratamento pode abranger medicamentos analgésicos,
antiinflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica, injeção local
de anestésicos e corticosteróides, repouso, cirurgias nos casos mais graves e
sem melhora com tratamento clínico por período prolongado.
O PILATES pode agir tanto na prevenção como no tratamento
desta síndrome.
A prevenção pode ser feita através de um programa de
exercícios individualizados que envolvem, sobretudo, alongamentos dos músculos
glúteos, rotadores internos e externos do quadril; mobilização de quadril e
membros inferiores.
Já a ação do PILATES no auxílio do tratamento desta síndrome,
trata-se de uma reabilitação com o objetivo de permitir o retorno ao esporte e
as atividades da vida diária de forma segura e efetiva. São focados os
movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de
transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de
direções e saltos; sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e
no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.
fonte: www.flexuspilates.com.br